Entenda as diferenças entre BI como ferramenta, BI como área de negócio e o que considerar na hora implementar um projeto.
Sumário
Introdução
Talvez você já tenha ouvido por aí que “dados são o novo petróleo” ou que “a informação é a moeda do século 21”. Mas afinal, o que essas frases querem dizer?
Os dados nos permitem compreender o desempenho, identificar oportunidades e inovar, tornando-se um recurso vital na era em que vivemos. Quem domina esse tema, sem dúvida, está em vantagem.
Com a digitalização de grande parte do nosso cotidiano, principalmente nas empresas, o volume de dados gerados cresce de forma exponencial. No entanto, de que adianta ter volume se não formos capazes de lê-los e interpretá-los de forma assertiva?
Nesse cenário, o Business Intelligence surge como a ferramenta-chave para extrair significado desse vasto conjunto de informações, convertendo dados brutos em insights estratégicos. Ao capacitar as organizações a analisar e interpretar dados de maneira eficaz, o BI se torna indispensável para uma tomada de decisão informada e proativa.
O que é Business Intelligence?
Business Intelligence (BI), ou Inteligência de Negócio, é um conjunto de estratégias, técnicas e ferramentas que envolvem a coleta, análise e interpretação de dados para orientar a tomada de decisões nas organizações. Utilizando ferramentas e tecnologias específicas, o BI transforma dados brutos em informações, permitindo que as empresas compreendam melhor seus processos internos, identifiquem padrões e antecipem tendências.
De acordo com a Gartner, o BI é “um termo abrangente que inclui os aplicativos, infraestrutura e ferramentas, e as melhores práticas que permitem o acesso e a análise de informações para melhorar e otimizar decisões e desempenho”.
É importante salientar que o Business Intelligence é uma área de negócio dentro das organizações, e seu papel é fornecer às demais áreas uma visão mais clara do que está acontecendo. Isso auxilia na identificação de padrões, tendências e oportunidades de melhoria, permitindo que tomem decisões mais rápidas e precisas.
A importância do BI
Empresas que negligenciam o poder do BI provavelmente enfrentam desafios substanciais. A falta de visibilidade sobre o desempenho operacional, financeiro ou de gestão, por exemplo, e a tomada de decisões baseada exclusivamente na intuição, acabam assumindo o grande risco de errar, especialmente em um ambiente de negócios complexo e dinâmico.
O BI surge como uma solução com diferentes frentes, abordando essas dores comuns enfrentadas pelas organizações. Ao identificar padrões e tendências nos dados, as empresas podem antecipar mudanças no mercado e ajustar suas estratégias de forma proativa, identificando áreas de desperdício e ineficiência.
Alguns dos problemas mais comuns que o BI ajuda a resolver incluem:
- Falta de visibilidade para obter uma visão abrangente e sempre atualizada das principais operações da empresa. O BI fornece dashboards e relatórios que consolidam dados, oferecendo uma visão clara e em tempo real das atividades organizacionais.
- Dificuldade em mapear oportunidades de mercado. Com um BI maduro, é possível analisar dados do mercado, comportamento do cliente e concorrência, identificando oportunidades e tendências.
- Desafios na análise de grandes volumes de dados e suas complexidades. As ferramentas de BI consolidam, organizam e permitem a análise de grandes conjuntos de dados, transformando informações brutas em insights para a tomada de decisão.
- Centralização da informação para um número limitado de pessoas dentro das empresas. Hoje, existem ferramentas de BI, como o Looqbox, que possibilitam a entrega de informação para toda a operação da empresa, democratizando o acesso e criando uma cultura data-driven.
- Não identificação das oportunidades de receita. O Business Intelligence analisa dados do mercado, comportamento do cliente e histórico de vendas para identificar novas oportunidades de negócios. Além disso, as ferramentas permitem a visualização de dados como preços, custos, margens e metas.
Entendendo um pouco melhor o universo dos dados e o impacto da área de Business Intelligence, fica claro que praticamente todas as unidades de negócio são beneficiadas com a disponibilidade das informações. Um BI eficiente é aquele que entrega de forma clara e fácil as respostas para as perguntas-chave daqueles que necessitam de informações.
Como implementar um projeto de BI e suas ferramentas
É importante ter em mente as diferenças entre Business Intelligence como área de negócio e o BI como ferramenta/software que suportará a estratégia da empresa.
BI como área de negócio
O BI permeia todos os aspectos de uma empresa, desde a cultura e a estratégia até os processos diários e as decisões operacionais. A área é responsável por coletar, analisar e transformar dados brutos em informações significativas que possam ser utilizadas para tomar decisões estratégicas nas organizações.
As atividades específicas da área de Business Intelligence (BI) abrangem etapas cruciais no gerenciamento de dados. Ela é a responsável pela coleta de dados que podem vir de várias fontes distintas, incluindo sistemas internos da empresa, bancos de dados e até mesmo fontes externas.
É de sua responsabilidade armazenar todas essas informações em um local centralizado, visando assegurar a consistência e acessibilidade. A análise de dados é feita por meio da ferramenta específica de BI que possibilita a criação de relatórios, dashboards e visualizações interativas.
O suporte à tomada de decisões é uma função central da área de BI, tendo como objetivo fornecer informações que auxiliem as organizações a tomarem decisões estratégicas e alinhadas com seus objetivos. A busca pela melhoria contínua é uma característica intrínseca, sendo uma área dinâmica que constantemente procura formas de evoluir a qualidade e a relevância das informações oferecidas.
A inteligência de negócios permite que os decisores compreendam melhor seus negócios, identifiquem oportunidades de crescimento e otimizem seus processos.
Para que isso seja possível, alguns componentes precisam ser levados em consideração:
- Cultura data-driven que valoriza a tomada de decisão baseada em dados.
- Processos organizacionais claros, como: coleta de dados, limpeza de bases e integrações com ferramentas.
- Governança dos dados que garanta que os mesmos sejam manuseados de maneira ética.
- Time especialista responsável pela gestão e análise de dados.
- Infraestrutura tecnológica que dará suporte ao armazenamento e análise de grandes volumes de dados.
BI como ferramenta
Uma ferramenta de Business Intelligence é um software ou aplicação projetada para ajudar as organizações a coletar, processar, analisar e visualizar dados. Essas ferramentas transformam grandes volumes de dados brutos e não estruturados em informações compreensíveis e úteis para os negócios.
Essa ferramenta permitirá:
- A coleta e integração dos dados.
- O processamento e limpeza das bases e informações.
- Realizar análises complexas, identificar padrões, tendências e correlações nos dados.
- A apresentação de dados de forma visual, através de gráficos, painéis (dashboards) e relatórios.
- A capacidade de monitorar KPIs (Indicadores Chave de Performance) e outras métricas relevantes.
Com as diferenças claras entre BI como área de negócio e BI como ferramenta, partiremos para a implementação do projeto.
Os 3Cs da implementação de uma ferramenta de BI
Para a implementação da ferramenta, é crucial realizar uma pesquisa minuciosa dos softwares disponíveis no mercado, compreendendo quais deles atendem melhor ao momento, cenário e necessidades específicas da empresa.
Uma dica valiosa é seguir os 3Cs do BI, o que permite que você consiga avaliar os pontos fortes e fracos de cada software por etapa de implementação e uso. Vamos destrinchar o conceito aqui, ele será o guia para a implementação de sucesso!
1º C – Conectar com seus dados:
A primeira etapa consiste na conexão da ferramenta com as fontes de dados, que podem ser bancos de dados, data lakes, data warehouses e até mesmo arquivos Excel e CSV.
É importante levar em consideração se a ferramenta escolhida se conecta de forma simples e rápida com as fontes de dados específicas que a sua organização utiliza, se há a possibilidade realizar upload de arquivos simplificados e se a ferramenta permite integração em tempo real para garantir que os dados estejam sempre atualizados.
2º C – Configurar os dados:
Com o banco de dados conectado ou os arquivos carregados, é hora de configurá-los na ferramenta. Refere-se ao processo de preparar, organizar e ajustar conjuntos de dados para que possam ser efetivamente utilizados na análise e na criação de relatórios. Neste momento, definirá hierarquias, relacionamentos entre tabelas e criará medidas e métricas para suportar análises específicas.
A ferramenta precisa proporcionar a criação de visões padronizadas e modelos customizados de acordo com a sua necessidade, além de uma interface simples e intuitiva que permita criar os modelos e economizar o tempo de desenvolvimento na hora da configuração.
3º C – Consultar os dados:
Na terceira e última etapa, é hora de consultar seus dados e obter insights. Pode-se explorar as opções de visualização disponíveis na plataforma para representar os dados de maneira compreensível, incluindo gráficos, tabelas, dashboards e outros elementos visuais.
O BI escolhido precisa proporcionar uma boa experiência no momento da consulta, e para isso é preciso avaliar se: a informação será entregue de forma instantânea, se é uma plataforma estável capaz de suportar picos de acessos simultâneos e que não seja uma ferramenta pesada podendo rodar em qualquer máquina ou até mesmo ser acessada pelo celular.
Por exemplo: Um diferencial do Looqbox como ferramenta é a possibilidade de consultar os dados através de perguntas e respostas, proporcionando uma interface centrada na Linguagem Natural. Isso é feito para que qualquer usuário, desde o vendedor da loja na ponta da operação até o diretor comercial e o gerente de TI, consiga acessar facilmente os dados necessários para o dia a dia.
Seguindo a jornada dos 3Cs do BI, será possível implementar a ferramenta com sucesso, dando um grande passo em direção a uma empresa com uma cultura de dados forte e obtendo uma vantagem competitiva sobre os concorrentes que ainda operam na base do “achismo” ou “datafeeling”.
O papel de um profissional de BI
O profissional de BI é a peça-chave na transformação de dados em informações estratégicas, capacitando a organização a se destacar em um ambiente de negócios cada vez mais orientado a dados.
Esse especialista desempenha um papel crucial na implementação de soluções de BI, selecionando e configurando a ferramenta de acordo com as necessidades do negócio.
Outro ponto fundamental é a implementação de políticas e práticas de governança de dados para garantir a qualidade, segurança e integridade dos dados utilizados nas análises.
O profissional dessa área trabalha em constante colaboração com diferentes departamentos, para entender suas necessidades de informação, assegurando que as soluções de BI desenvolvidas atendam aos requisitos específicos de cada área.
Habilidades importantes para ser um profissional de Business Intelligence
- Conhecimento técnico em linguagens de programação, ferramentas de BI e modelagem de dados.
- Capacidade analítica para interpretar e analisar dados.
- Compreensão do negócio em que está inserido, a fim de gerar valor para outras áreas e stakeholders.
- Comunicação clara para traduzir dados complexos em informações compreensíveis para públicos não técnicos.
Não existe uma regra a ser seguida para ser um profissional da área de Business Intelligence (BI), porém é importante que a pessoa se aprofunde em assuntos de tecnologia, programação e estatística, o que geralmente requer uma combinação de cursos específicos e certificações.
Aqui estão algumas sugestões que podem ser úteis para quem deseja se especializar na área:
- Graduação em Ciência da Computação, Engenharia de Software, Estatística, Análise de Sistemas e Ciência de Dados.
- Cursos e certificações abrangentes sobre conceitos e fundamentos de BI, SQL, Excel avançado, ETL (Extract, Transform, Load) e linguagens de programação como Python.
BI na prática
Para tangibilizar tudo que falamos até aqui, exploraremos dois casos práticos de sucesso usando o Looqbox.
Caso Polishop
A Polishop, fundada em 1999, é uma varejista omnichannel brasileira reconhecida por oferecer soluções inovadoras e de qualidade. No entanto, enfrentava desafios relacionados à gestão de dados em suas lojas, onde os gestores não tinham acesso fácil a informações essenciais, causando falta de alinhamento entre equipes estratégicas e operacionais.
Para superar esses desafios, a empresa adotou o Looqbox como parte de sua estratégia de Business Intelligence. Essa mudança resultou na redução da sobrecarga do administrador de dados, permitindo que gerentes de loja acessem informações de forma rápida e autônoma. O BI Conversacional agilizou respostas, beneficiando vendedores em suas negociações diárias.
Os resultados incluíram maior clareza no alinhamento estratégico-operacional, facilitando o alcance das metas comerciais. Com mais de 2 milhões de perguntas respondidas anualmente, a plataforma centralizou informações cruciais para 75 lojas, proporcionando autonomia na consulta de dados e visualizações rápidas, contribuindo para uma gestão mais eficiente e informada na Polishop. Veja o case completo aqui
Caso Kraft Heinz
A Kraft Heinz, multinacional de alimentos, enfrentava desafios na área comercial devido à utilização de várias ferramentas distintas, tornando a rotina diária complexa para os executivos de vendas. O processo de coleta, consolidação e distribuição de dados estava dificultando a eficiência da equipe que, muitas vezes, não estava no escritório. Para solucionar esse problema, a empresa adotou o Looqbox como plataforma de BI, consolidando as informações necessárias em um único local, tornando-as facilmente acessíveis para os vendedores durante as atividades de vendas.
A estratégia envolveu a inclusão de informações essenciais para a rotina diária dos vendedores, como Planograma, DGMP e Sellin, permitindo consultas por meio de perguntas usando linguagem natural. A ferramenta, criada para ser utilizada por qualquer tipo de usuário, é acessível pelo celular, proporcionando flexibilidade na consulta de informações, sem depender de um computador ou conexão Wi-Fi.
Desde a implementação, 103 vendedores utilizam a ferramenta diariamente para consultas relacionadas ao posicionamento de produtos, estratégias de produtos, lançamentos, descontinuação de produtos, merchandising e distribuição no ponto de venda. Isso resultou em economia de tempo, tomada de decisões baseadas em dados e uma atuação mais eficaz no campo de vendas. Veja o case completo aqui
Conteúdos relacionados a área de Business Intelligence
Se você deseja tornar-se um profissional de Business Intelligence ou desenvolver-se nesta área, listamos alguns conteúdos que o ajudarão a dar o primeiro passo.
Você pode começar lendo o livro “Storytelling com Dados” que aborda técnicas de visualização de dados para profissionais de negócios, destacando a importância de contar histórias impactantes por meio de gráficos e visualizações para facilitar a compreensão e a tomada de decisões.
Outro conteúdo interessante é o Let’s Data, um podcast focado no mundo da tecnologia, que leva convidados para conversar sobre ciência de dados e inteligência artificial.
E para fechar, recomendamos que acompanhe os webinars da Looqbox, que acontecem mensalmente e ao vivo, sempre convidando um profissional de mercado para falar sobre cases de sucesso e temas pertinentes ao universo dos dados, tecnologia e Business Intelligence (BI).
Conclusão
O que discutimos aqui foi a importância do Business Intelligence, destacando como os dados se tornam uma ferramenta poderosa nas mãos daqueles que sabem manipular e interpretar essas informações, transformando esse grande volume de dados em insights para tomada de decisões estratégicas.
No entanto, para que isso ocorra de maneira assertiva, é crucial compreender os processos de construção do Business Intelligence como área de negócio e os pilares fundamentais para uma boa implementação de uma ferramenta de BI.
No passado, o acesso e domínio dos dados eram restritos aos times de Business Intelligence, criando uma barreira entre as informações valiosas e as demais áreas. No entanto, com o avanço das tecnologias disponíveis, essa dinâmica passou por uma significativa transformação.
A ascensão de ferramentas acessíveis, como o Looqbox, permite que a democratização dos dados se torne uma realidade.
Essa mudança não apenas fortalece a cultura data-driven, mas também empodera cada membro da equipe a contribuir para uma tomada de decisão mais informada e estratégica, alinhada com os objetivos da organização.