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O assunto que dominou a SXSW: a AI vai substituir os humanos ou amplificar nossa capacidade?

O assunto que dominou a SXSW: a AI vai substituir os humanos ou amplificar nossa capacidade?

Veja quais foram as principais tendências e temas do evento SXSW 2023 por Daniel Murta, CTO e Cofundador do Looqbox.

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Daniel Murta

17/03 |

Leitura: 6 min

Esta é a terceira vez que eu participo da SXSW. E, mais uma vez, tem sido uma experiência enriquecedora. Acompanhar painéis e palestras comandados por tantas pessoas que são referência em suas áreas abrem a mente não só para o que estamos vivendo no presente, mas principalmente para as transformações que nos esperam no futuro.

Muitas coisas mudaram do ano passado para cá, onde discussões sobre o metaverso estavam entre as principais tendências. O tema central agora, em 2023, sem dúvida, é o impacto da inteligência artificial nas nossas vidas. Muito puxado, certamente, pelo lançamento do ChatGPT, em novembro do ano passado.

Compartilho aqui alguns tópicos relevantes de três palestras que assisti sobre o assunto.

AI: o que já é realidade e como será o futuro

Uma das palestras que mais me chamou a atenção, até agora, foi a do Kevin Kelly, fundador da Wired e um dos maiores especialistas do mundo em tecnologia e inovação.

Nessa palestra, ele pontuou que a inteligência artificial que estamos vendo agora não é nenhuma novidade e já existe há muito tempo. A grande novidade é que a interface se tornou conversacional, o que deu mais acessibilidade para as ferramentas.

Estamos em um momento onde o mundo está dando nome a essas máquinas, mas ainda nem sabemos como chamar aquilo que é criado por elas. Estamos descobrindo, em conjunto, quais são as aplicações e como estas ferramentas serão usadas para além daquilo que foram programadas originalmente para fazer.

Grande parte das atividades humanas são muito mais mecânicas do que imaginávamos. Segundo Kelly, há muitas coisas que achávamos que eram processos necessariamente humanos e descobrimos que, na verdade, são muito mecânicos, como jogar xadrez, reconhecer rostos ou analisar milhões de páginas de milhares de livros.

Sabemos que essas atividades, hoje, já podem ser realizadas por máquinas. Existem centenas de outros elementos que estão tão arraigados no nosso cotidiano que, muitas vezes, nem percebemos que já foram inteligências consideradas essencialmente humanas e que, hoje, fazem um trabalho muito melhor do que o nosso, como é o caso do GPS e da calculadora.

Kelly acredita que a inteligência é feita de diferentes dimensões. Assim como tem animais com capacidades muito superiores às dos seres humanos, a AI também é melhor do que as pessoas em algumas dimensões, que ainda estão sendo descobertas.

Até agora, o mundo está focado muito em um tipo de cognição, automatizando o que é reconhecimento de padrões. Mas existem outras possibilidades de cognição que, atualmente, entendemos que o ser humano é bom, mas que podem ser automatizadas no futuro.

Uma coisa que já sabemos é que as inteligências artificiais generativas e preditivas, de texto e imagem, são ótimas em sintetizar dois escopos totalmente diferentes.

Um exemplo de aplicação seria prever cinco cenários, caso Roma tivesse inventado a pólvora. Um ser humano precisaria de conhecimento profundo em duas frentes diferentes, já, para uma AI, é uma tarefa bem simples.

Para encerrar, Kevin levantou uma reflexão: nós queremos que a inteligência artificial seja melhor do que os humanos, em termos éticos. Mas, ao mesmo tempo, são os humanos que programam a moral da AI.

Quem são essas pessoas e quais são suas qualificações para decidir o que é ético ou não? Uma questão importante que precisa ser debatida daqui para frente.

Impactos da AI no mercado de trabalho

Outras duas palestras que acompanhei também tiveram como tema central as transformações provocadas pela inteligência artificial. Amy Webb, futurista e CEO do Future Today Institute, mais uma vez estava com o auditório cheio para acompanhá-la.

Uma provocação que ela trouxe é que precisamos ensinar às pessoas de todas as idades como usar a AI, assim como foi feito com o papel e a calculadora. Quem não aprender ou não tiver acesso às ferramentas vai acabar ficando para trás, criando uma espécie de divisão digital.

No looqbox, nós acreditamos na democratização do acesso à tecnologia. Há 9 anos, trabalhamos para simplificar o uso de ferramentas complexas, facilitando o acesso para qualquer pessoa. Hoje, já são milhares de usuários que interagem com os dados diariamente, de um jeito acessível.

Quem também falou sobre os impactos da AI generativa foi Greg Brockman, cofundador da OpenAI, empresa que criou o ChatGPT. Ele não acredita que a inteligência artificial vai substituir as pessoas, mas sim amplificar a capacidade delas.

Pensamento também compartilhado por Kevin Kelly. Para ele, a inteligência artificial não vai substituir empregos, mas sim evoluir suas entregas. Um dado interessante que ele mostrou é que programadores já são 56% mais produtivos e escritores 37% mais ágeis em suas tarefas com o apoio da IA. Além disso, já existem vagas abertas para pessoas que saibam interagir com inteligência artificial.

Aqui no looqbox, concordamos com essa visão. A tecnologia e a inteligência artificial são ferramentas para potencializar a capacidade humana, simplificar processos e eliminar tarefas repetitivas.

Nosso propósito é democratizar a cultura de dados nas empresas. Hoje, ajudamos nossos clientes a consultarem seus indicadores de negócio. Mas acreditamos que a cultura de dados vai muito além. Ela inclui não apenas indicadores ou KPIs, mas também qualquer tipo de informação que ajude os negócios a gerarem maior impacto e obterem melhores resultados. Por isso, sempre falamos em levar nosso BI conversacional para além dos KPIs.

Pensando em levar o que há de mais novo em termos de tecnologia e AI para nossos clientes, lançamos o looqGPT. Um dos nossos clientes, que já está fazendo um beta conosco, incorporou manuais na sua base de conhecimento. Agora, ao invés da sua força de vendas precisar procurar dados em 154 apresentações diferentes, conseguimos entregar essa informação de forma didática, com uma simples pergunta feita dentro de nossa plataforma.

Se você quiser conversar sobre o assunto, entre em contato comigo no LinkedIn. Vai ser um prazer trocar conhecimento com você! Para conhecer mais sobre a nossa nova solução, fale com um de nossos especialistas.

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Autor

Daniel Murta

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